Como pode ser???
COMIGO NÃOOOOOOOOOOOOO
Eu quis tanto a minha filha e agora uma enorme tristeza toma conta de mim, uma insegurança, e quando li essa materia sobre depressão pós-parto, acreditem eu chorei... Chorei por ler que alguns ou maioria dos sintomas eu estou sentindo. Nossa Gente que sentimento ruim, decidi comentar aqui no blog pq ainda não comentei com ninguém e quando choro sempre choro sozinha com a Luiza nos braços, eu não sei mas o que fazer ... Desespero essa é a palavra... Tenho tanta fé em Deus, espero que esse sentimento que pensei que fosse passar nos primeiros dias passe logo...
Vou explicar melhor pra vcs pq esse sentimento se aflorou em mim...
No dia em que senti a dor para ter a Luiza (03.02) eu vi que meus planos tinham dado errado e a insegurança se minha filha ia nascer bem tomou conta de mim. O meu pensamento era que ela ia nascer com dificuldades para respirar ou ate mesmo morrer... As coisas começaram a dar errado (é claro na minha cabeça), a medica que me acompanhou não ia poder realizar o parto e nesse momento me vi sem chão. O QUE EU IA FAZER, perguntava pra Deus... Eram mais ou menos 9 horas da tarde do dia 03.02, eis que entra depois de um dia inteiro de dor o G.O Plantonista da Unimed dizendo que iria me dar um remédio e se as dores não passassem eu realmente estaria em trabalho de parto, eu me olhei assim não acreditando que a Luiza ia nascer de 8 meses e perguntava "SENHOR O QUE EU FIZ DE ERRADO PARA MINHA FILHA NASCER PREMATURA??"... Pois bem o remédio que o medico passou não fez efeito e as dores na verdade tornaran-se mais intensas e a cada vez que eu ia ao banheiro via aquela agua descer e a minha filha já não estava mexendo, aquela angustia tomou conta de mim... e quando eram 12:00 novamente o medico apareceu, me chamou em uma sala particular e disse:" Vc está em trabalho de parto pq se esse remédio não fez efeito nenhum outro vai dar, deite ali que nos vamos fazer o toque..." . Bom gente logo após ele fazer o toque ele disse: "vc está com 1 cm de dilatação e já esta quase sem liquido, ligue para sua medica e diga que vc terá que ter seu bb de parto cesaria". Eu chorando disse ao medico: "Dr, pelo amor de Deus me encaminhe para qualquer lugar pq minha medica não ira realizar o meu parto". Na hora, mas no mesmo minuto ele disse: "vc aceita qualquer hospital", eu disse: "Dr. me mande ate para a santa casa de misericordia pelo amor de Deus". Ele ligou para o Hopital Beneficiente Portuguesa e disseram que la tinha apenas um leito e ele imediatamente pediu que guardassem, e disse com essas palavras: Vcs têm condução própria?? se tiverem não esperem a ambulância corram pq senão o bb vai morrer, já esta sem liquido... Nesse momento meu desespero piorou e nos corremos para o tal hospital chegando la já tinha uma cadeira de rodas me esperando, o hospital e um hospital muito antigo e muito bom e ele continua do mesmo jeito de quando fundaram, com aquele piso de madeira colorida piso encerado, muito bonito umas escadas antigas estrutura muito bonita sabe.. Ele me levou direto para o centro obstetrico, chegando perto do centro me deparei com varias encubadoras no corredor, nesse momento eu senti que nada daria certo e que a minha filha iria precisar ficar em uma delas... Nossa isso tudo foi muito dolorido pra mim, me prepararam com aquela roupa e derrepente eu olho para o lado e vejo o medico que me atendeu na unimed ali pronto para me operar, me senti feliz por ele ver o meu desespero... ele disse bom Deyse vamos esperar apenas o anestesista chegar, logo que o anestesista chegou eu perguntei Dr eu marido pode entrar para bater fotos e ele disse não podemos perder tempo, infelizmente não... e eu choreii, choreiii e o anestesista me acalmando começou a conversar comigo dizendo que tudo daria certo e disse que ia fotografar... logo que começou e ele abriu a minha barriga ele disse ao estagiário, vc está vendo esse bebê ia morrer, já estava quase sem liquido... eu não conseguia mais chorar e simplesmente não chorei quando ouvi o choro da Luiza, era 1:30 do dia 04.02 parece que aquilo não estava acontecendo comigo, o sentimento que eu senti não foi assim de felicidade plena e sim que eu tinha feito alguma coisa errada e ela nasceu antes do tempo...Quando me levaram para o quarto eu não pude ter o contato direto com a Luiza pq por ela ser prematura teve que ficar um tempo no berçário para esquentar, pois ela gemia muito mais ou 3:30 da madrugada trouxeram ela pra mim e tentaram colocar ela no peito porem ela não conseguia mamar.. e então de 3 em 3 h as enfermeiras vinham dar o leitinho dela e eu via eles com uma seringuinha dando o leite que era pra mim dar pra ela.. (já comecei a chorar), no dia 5 que foi o dia em que eu tive alta o medico chegou no meu leito e disse olha foi um milagre, quase nos perdemos ela, se demorássemos mais 5 minutos ela não ia resistir... e eu so pude falar uma coisa OBRIGADA DR, MUITO OBRIGADA...
Quando cheguei em ksa no dia 5, fiquei tranqüila, olhava pra Luiza quase não entendendo o que tinha acontecido, olhava o quartinho todo desarrumado, faltava tanta coisa gente...E no dia 6 eu estava deitada quando derrepente olhei ela dormindo no berço e veio aquele sentimento horrível de culpa e eu comecei a chorar, meu marido estava no patio de ksa e eu fui ate la com ele, ele estava desarrumando a arvore de natal e eu disse a ele eu não consigo, e ele imediatamente correu no quarto da Luiza pra saber o que tinha acontecido e depois que ele viu que não era nada com ela ele veio ate mim me abraçou e disse o que foi amor? o que aconteceu? e eu so dizia que eu não sabia... fiquei varios e varios dias pensando em tudo que eu tinha passado pra a Luiza nascer... APÓS ALGUNS DIAS... os meus seios começaram a ferir e começou a me dar muita febre, muita dor de cabeça, muitas dores e a Luiza precisava tomar o leitinho de 2h e meia em 2h e meia, pois a glicose dela não poderia baixar, Luiza chorava a noite de 1 em 1 hora, além dela ser muito aperreada... Eu grudava meus olhos nela a noite inteira, deitava de óculos e o meu marido desesperado vendo minha agonia passava a noite inteira acordado junto comigo... EU ME SENTIA CULPADA DE TUDO, GENTE DE TUDO MESMO. Durante o primeiro mês ela não suou ou seja tinha que ficar o tempo inteiro toda embrulhadinha, pq senão ela tremia de frio... As coisas começaram a melhorar quando ela começou a engordar e suar... Porém a Luiza é uma criança muito agoniada, e isso me agonia, pq pra mim eu não cuido bem dela e por isso ela é assim... Ante ontem ela tomou um susto e eu me assustei junto com ela e acredite eu comecei a chorar... GENTE EU PRECISO DE AJUDA, eu estou sendo super forte fico o tempo todo com a Luiza pra ver se isso acaba, mesmo sentindo dor eu dou de mamar pra ela, pra ver se meu vinculo com ela cresce mais, minhas idéias estão confusas... eu preciso de ajuda...
A depressão pós-parto é comum?
Acredita-se que cerca de 10 por cento das mulheres sofra de depressão pós-parto, embora uma recente pesquisa da Royal College of Midwives, do Reino Unido, tenha indicado que o número possa ser bem maior. De acordo com o estudo, 27 por cento das mulheres com filhos de menos de 1 ano de idade disseram ter passado por algum tipo de tratamento para a depressão pós-parto. Depressão pós-parto não é a mesma coisa que uma espécie de melancolia, também conhecida como "baby blues", ou "blues puerperal", que geralmente tem início poucos dias depois do parto e provoca tristeza, preocupação, nervosismo e vontade de chorar. É possível que as enormes mudanças hormonais da gestação sejam responsáveis por esses sintomas, que tendem a desaparecer em questão de dias.
Mas, então, o que é a depressão pós-parto?
A depressão pós-parto é bem mais séria do que uma melancolia passageira. Enquanto a maior parte das mães consegue superar aquela tristeza inicial e passa a curtir seus bebês, uma mulher com depressão pós-parto fica cada vez mais ansiosa e tomada por sentimentos desagradáveis. Em alguns casos, a mãe já estava deprimida mesmo antes do nascimento da criança, e simplesmente continua a ter os mesmos sentimentos. Para outras mulheres, no entanto, a depressão começa semanas ou até meses após o parto. O que parecia ser um prazer aos poucos começa a parecer um fardo, e a vida de certas mulheres chega a ficar paralisada.
Sintomas
Veja a seguir uma lista dos sintomas mais comuns da depressão pós-parto. Ter alguns deles vez ou outra não necessariamente indica um quadro de depressão, já que a maternidade é mesmo cheia de altos e baixos! Caso você tenha com frequência vários dos sintomas descritos, comente com seu ginecologista ou clínico geral ou procure a ajuda de um profissional especializado. Não tenha medo de ser julgada e muito menos de ser taxada de má mãe. • Tristeza constante, especialmente na parte da manhã e/ou à noite • Sensação de que não vale a pena viver e de que nada de bom vem pela frente • Sensação de culpa e de responsabilidade por tudo • Irritabilidade e falta de paciência com parceiro e filhos • Choro constante • Exaustão permanente, acompanhada de insônia • Incapacidade de se divertir • Perda do bom humor • Sensação de não conseguir lidar com as circunstâncias da vida • Enorme ansiedade em relação ao bebê e busca constante por garantias, por parte de profissionais de saúde, de que ele está bem • Preocupação com sua própria saúde, possivelmente acompanhada pelo temor de ter alguma doença grave • Falta de concentração • Sensação de que o bebê é um estranho e não seu próprio filho Além dos sintomas mencionados acima, é possível também vivenciar: • Perda de libido • Falta de energia • Problemas de memória • Dificuldade para tomar decisões • Falta ou excesso de apetite • Noites de sono interrompido
Existem mulheres mais propensas a ter depressão pós-parto?
Os especialistas ainda não sabem exatamente por que certas mulheres ficam deprimidas e outras não. Porém há certas situações que parecem aumentar o risco de uma depressão pós-parto. São elas: • Já ter passado por uma depressão antes • Depressão durante a gravidez • Parto difícil • Perda da própria mãe na infância • Parceiro ou família ausentes • Nascimento de um bebê prematuro ou com problemas de saúde • Problemas financeiros, de moradia, desemprego ou perda de um ente querido
Qual é o tratamento?
Remédios Existem certos remédios que realmente podem ajudar num quadro de depressão pós-parto. Muitas pessoas acreditam erroneamente que antidepressivos provoquem dependência, o que não é verdade. O principal problema de tais remédios é que muita gente não os toma da maneira correta. Esse tipo de tratamento exige disciplina com horários e costuma levar algumas semanas para fazer efeito. Não desista por achar que ele não está melhorando em nada sua situação. Lembre-se de que demora um pouco para que seu corpo se adapte à medicação, e tenha em mente que às vezes a dose ou o tipo do remédio precisam de ajustes conforme a reação do organismo. Não interrompa o tratamento sem conversar com seu médico antes, mesmo se achar que já está melhor, porque a depressão pode voltar de repente. Também não se preocupe se estiver amamentando, já que há no mercado remédios compatíveis com o aleitamento materno. Terapia Conversar com alguém treinado para lidar com o que você está sentindo pode ser de grande ajuda. Muitas vezes somente a terapia já é suficiente para reverter o quadro, embora, muitas vezes, haja também a necessidade de associar ao tratamento algum tipo de medicação (que só pode ser prescrita por médicos). Não se intimide em procurar ajuda especializada e encare isso como um ato de amor pelo seu bebê, para que você possa ser de fato a mãe que sempre sonhou ser.
Há algo que parentes e amigos possam fazer?
Conviver com alguém deprimido pode ser assustador, por isso é importante que a família tenha a orientação de um profissional de saúde para que ele explique melhor o quadro e aconselhe sobre a melhor forma de agir. Uma vez que todos saibam que se trata de depressão pós-parto -- um problema real, e não "frescura", mas que tem tratamento --, a família toda tende a se sentir melhor. O importante é lembrar que a depressão é um estado passageiro. Se sua mulher/mãe/irmã/amiga está deprimida, veja abaixo algumas maneiras que podem ajudá-la a enfrentar esta fase: • Certifique-se de que ela está tomando o remédio como o médico orientou e de que esteja indo às consultas médicas (ou à terapia) • Caso ela não queira tomar remédios, procure tentar convencê-la a falar com um médico sobre outras alternativas • Acompanhe-a ao médico caso ela esteja relutante em ir por conta própria • Não dê conselhos do tipo "deixa disso" ou "vê se melhora o astral". Ela certamente se comportaria de maneira diferente se conseguisse, se dependesse da vontade dela! • Auxilie, se puder, com as tarefas domésticas ou mesmo com o bebê, mas, por outro lado, não assuma tudo o que diz respeito à criança • Faça companhia caso ela tenha medo de ficar sozinha • Lembre-a o tempo todo de que tudo melhorará e que a tristeza vai passar • Se se trata de sua companheira, procure tratá-la como mulher, e não somente como a mãe do seu filho
O que posso fazer por mim mesma?
Tente manter uma alimentação saudável. Caso não tenha apetite, procure fazer pequenas refeições regularmente -- o café da manhã é especialmente importante. Consuma alimentos ricos em energia, como pães, cereais, macarrão e arroz, além de muitas frutas e verduras. Não há nada de errado em comer chocolate, se este for o seu desejo, mas só não exagere na dose. Descanse bastante. Durma, se conseguir, ou simplesmente relaxe. Se alguém puder cuidar do bebê para você, aproveite para tirar uma soneca durante o dia ou escolha uma boa leitura e curta alguns momentos de preguiça. Não seja dura consigo mesma. Você está doente e precisa de tempo e espaço para se recuperar. Não se sobrecarregue de tarefas domésticas que não sejam urgentes e adie as "grandes" decisões por enquanto. Permita-se alguns mimos e, aos poucos, você sentirá a diferença.
Será que vou ter depressão pós-parto com meu próximo filho?
É possível, já que histórico de depressão é um dos fatores que podem influenciar na incidência de uma depressão pós-parto. Existem inúmeras mulheres, no entanto, que tiveram depressão com um filho e depois não voltaram a ter problemas. Pense que, se a depressão voltar a atingi-la, pelo menos você já terá aprendido a lidar melhor com ela e saberá como usar a ajuda de familiares, amigos e médicos. Além disso, você não será pega tão de surpresa e poderá procurar ajuda mais cedo. Vale a pena conversar sobre o assunto com o obstetra ainda durante a gravidez.
Há como prevenir a depressão pós-parto?
Não se sabe ao certo. O que se sabe é que uma mulher que conte com bastante apoio durante a gravidez tem mais chances de encarar a maternidade com confiança e segurança. Assim sendo, quando engravidar de novo, faça o máximo para durante os nove meses se cuidar bem, aceitar toda a ajuda do mundo, fazer alguma atividade física e reduzir os níveis de estresse. Há médicos que defendem o uso de injeções de progesterona depois do parto como forma de reduzir o risco de depressão. As provas científicas quanto a isso não chegam a ser sólidas, mas converse com o seu ginecologista para saber se é algo que vale a pena considerar no seu caso.